segunda-feira, setembro 25, 2006

Ai Portugal Portugal!!

O que é que estás à espera? tens o pé numa banheira e outra no fundo do mar.... ´
é assim??
Atão mas isto já é mesmo mesmo assumido, épa mas mesmo, tipo... tao assumido que dá na tv, é mesmo daquelas coisas assumidissimas, assumidérrimas, tipo... mesmo, mesmo assumido, tão assumido que nem sei... epá nem sei que diga... aparece em tudo o que é canto, jornais, tv, conversa de bar, é mesmo a sério... mesmo mesmo a sério... c´um catorze...

In DN

Rodrigo Coutinho, psicológo criminalista, trabalhou numa prisão de Lisboa. Mas pouco mais havia para fazer em Portugal. Esteve na Islândia, isolado, numa empresa que construía uma barragem. Preparava-se para Londres quando a namorada, espanhola, o incentivou a mandar o currículo para Madrid . Responderam depressa, algo que diz nunca acontecer em Portugal. Tem 31 anos e está na IBM: "Eu adoro Lisboa, mas o que vou fazer? Os meus colegas de faculdade estão todos a recibos verdes. Paga--se mal. Não se premeia o mérito".

Os chefes de Marta Lima, na Gillette, sabiam que ela queria ir para fora. Já passaram dois anos e meio desde que chegou a Madrid. Trabalha em trade marketing, tem 28 anos: "Aqui as pessoas são mais positivas, isso nota-se na forma de trabalhar. Se numa reunião se propõe uma ideia, incentivam. Em Lisboa a primeira coisa que faziam era levantar um problema. Bloquear-te."Sobre a vida social, Rodrigo diz: "É uma diferença do mar para a terra. Em Portugal as pessoas não se misturam, são mais fechadas. Aqui vales pelo que és, não pelo carro que tens." Marta afirma: "Organizava-me para estar em casa, aqui organizo-me para estar fora de casa. Há espaços verdes, as pessoas saem do trabalho e não se enfiam nos apartamentos. Os restaurantes e bares estão cheios. Mas isso também tem a ver com um maior poder de compra."

Álvaro Moreira lamenta: "Fechámo-nos. Aqui conhecem mal a culinária portuguesa. Estamos preocupados que entrem em Portugal. Para eles, nós somos um mercado quase cinco vezes menor e com menos rendimento. Devíamos era estar preocupados em entrar cá, são um mercado muito maior e ganham mais."Nenhum deles fala dos portugueses como se fossem outros. Se criticam, usam a segunda pessoa do plural: "Nós". Mas não prevêem regressar nos próximos tempos.