sexta-feira, novembro 17, 2006
quarta-feira, novembro 15, 2006
Resquicios da ditadura.
O que seria então um liberalismo de sabor latino? Seria um que reconheceria as características locais ou regionais, mas simultaneamente tentaria conduzir explicitamente a uma menor distância da autoridade e uma menor aversão à incerteza. Quando se adoptam argumentos de não se poder dar liberdade de escolha da escola aos pais, segundo o argumento salazarento, de que "os portugueses não estão preparados", está-se a reconhecer a característica de défice de autonomia, mas não se está a fazer nada para a combater. Trata-se de uma política pública que perpetua a menoridade cívica. Este caso ainda é mais ridículo porque o Estado não está a substituir a escolha dos pais por uma sua escolha, mas sim por uma regra exclusivamente burocrática, sem a menor sombra de preocupação com o que será melhor para o aluno.
O medo da incerteza, por seu lado, leva a uma regulamentação excessiva e ao medo de decidir. Um dos casos recentes mais caricatos foi o impasse perante o pedido de abertura do túmulo de D. Afonso Henriques, porque não havia legislação específica! Perante um simples pedido como este, os sucessivos dirigentes não conseguiram decidir com base em raciocínios simples e bom senso, tiveram que ir até à ministra. Que aliás, parece ter querido exercer a sua autoridade (uma característica latina como vimos acima) num caso tão simples como este.
Outra questão mais relevante é a dos preços da energia. Para diminuir a incerteza sobre estes preços os governos fixaram aumentos em linha com a inflação. Mas isto é uma ficção. Portugal importa quase 90% da energia que consome e por isso é completamente lírico qualquer governo decretar que o preço da energia não sobe mais do que a inflação (recordem o que tem acontecido ao preço do petróleo). Esta tentativa de diminuir a incerteza não só está assim votada ao fracasso como reforça o medo de lidar com a incerteza. A incerteza é inerente à vida e fingir que a conseguimos afastar não ajuda, atrasa o desenvolvimento cívico necessário.
segunda-feira, novembro 13, 2006
Lidia
Lídia era uma antiga região da Anatólia. Também é um nome que significa irmã ou mulher de Lídia. Atribui-se aos lídios a invenção da moeda. Os lídios eram um povo semita, visto que seu antepassado histórico descendia de Lude, filho de Sem, segundo tradição regional. Quando Ciro II conquistou a Lídia, apoderou de sua grande riqueza e nomeou seu rei, Creso, como seu conselheiro, depois de salvá-lo de suicidar-se numa grande fogueira.
LÍDIA
A localização geográfica entre a Mesopotâmia e a Jônia conferiu naturalmente à Lídia, no primeiro milênio antes da era cristã, o papel de intermediária comercial e cultural entre o Oriente Médio e a Grécia, especialmente a Anatólia. Lídia é o nome de uma antiga região da Anatólia ocidental, limitada a oeste pelo mar Egeu, ao norte pela Mísia, a leste pela Frígia e ao sul pela Cária. Tinha capital em Sardes, às margens do rio Pactolo. O acesso da região lídia à Capadócia e à Mesopotâmia se fazia por duas grandes vias: a do norte, por Bogazköy, e a do sul, pelo vale do Meandro, por onde se atingia o alto Eufrates e a Síria do norte. No século VII a.C., o legendário rei Giges fundou uma dinastia em Sardes e iniciou uma política agressiva em relação à Jônia. Aliates, sucessor do filho de Giges, Ardis, estendeu as fronteiras do império lídio até o rio Hális e submeteu as cidades gregas da Jônia. A dominação imposta aos gregos, no entanto, manifestou-se sob a forma de uma espécie de protetorado, com vantagens comerciais para ambas as partes. Os gregos pagavam taxas e forneciam contingentes militares. Em 543 a.C., Ciro II da Pérsia derrotou Croesus, filho de Ardis e o mais rico soberano lídio, e fez de Sardes a capital ocidental do império persa. Após ser conquistada por Alexandre o Grande, a Lídia passou a integrar o Império Selêucida e, no período romano, tornou-se parte da província proconsular da Ásia. Os lídios cultivavam cereais, uva e açafrão, entre outros produtos. Também exploravam as reservas de pedras preciosas e as areias auríferas de Pactolo, produziam tecidos, lã, couro e artigos de ourivesaria. Tributos vindos do exterior, impostos pagos internamente e pedágios cobrados ao longo das rotas caravaneiras contribuíam para enriquecer o tesouro do governo. Os lídios foram os primeiros a cunhar regularmente uma moeda forte, primeiramente em electro (liga de ouro e prata) e, mais tarde, em ouro e em prata. Sua cultura apresentava uma mescla de elementos frígios, Hititas, gregos e sírios. A língua, semelhante ao indo-europeu, era escrita em alfabeto grego acrescido de nove símbolos. Os lídios eram admirados por sua música e perfeição na ginástica, e a eles se atribui a invenção do jogo de dados.
Boa onda!
Etiquetas: Música
Sucesso na vida!
Senti-me muito feliz ao regressar a casa quer por saber que estou cinco estrelas em termos de saude , quer por vir a pedalar sob este magnifico sol de sao martinho, e sentir-me... BEM.
Gostei muito. Foi o momento de maior sucesso da minha vida, e senti-me bem com isso.
Queria partilhar essa sensação convosco e desejar-vos um bom dia.